Embora não tenha recebido uma resposta do Governo Federal, o setor funerário do Amazonas já não conta mais com a ajuda da União para fazer chegar em Manaus uma carga de 2 mil caixões até o fim de semana.
O silêncio diante do pedido por um avião cargueiro foi o suficiente para a associação
da classe enviar caminhões de São Paulo e do Espírito Santo repletos de urnas.
E já se sabe que dificilmente chegarão antes do estoque atual zerar, já que o
cemitério da capital entrou em colapso devido à pandemia de Covid-19.
O silêncio da prefeitura à consulta da SEGOV é resultado de uma falta de
entendimento entre os setores público e privado na capital amazonense.
Um problema cujas consequências atingirão a população, que sofre com o novo coronavírus. a prefeitura lembra que oferece um serviço funerário gratuito para
aqueles que não têm condições de arcar com os custos do traslado do corpo e
da taxa de sepultamento. Chamado de SOS Funeral, ele conta com estoque
próprio de urnas.
Em que pese Manaus enterrar mais de 100 pessoas por dia, a administração
municipal assegura que sua reserva de caixões não está ameaçada. Por isso,
não vê necessidade de ajudar o setor privado. O estoque do SOS Funeral é
fornecido por uma fabricante local que possui contrato com a administração
municipal.
Como se trata de uma empresa capaz de atender apenas a uma demanda reduzida,
o setor privado não compra com ela. Faz negócio com fornecedores do Sudeste e
do Sul. Segundo a Abredif, o transporte das urnas pode levar até 10 dias para
chegar em Manaus.