Nesta terça-feira (22), a titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Fátima Mrué prestará, na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), esclarecimentos sobre óbitos possivelmente causados por falhas de gestão de leitos de UTI.
A oitiva é um desdobramento da apuração realizada pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) instalada na Câmara Municipal para investigar irregularidades na Saúde goianiense.
O encontro, que será conduzido pelo delegado Rômulo Figueiredo, estava agendado para segunda-feira (21), mas foi protelado por 24h a pedido de Fátima.
É a terceira vez que a entrevista é desmarcada por alegada incompatibilidade de agenda. “Ela afirmou que tinha um compromisso pré-agendado. A gestora será questionada sobre sua relação com óbitos de pessoas que tiveram pedidos de leitos de UTI negados por motivo não técnico”, observa.
De acordo com dados do relatório da comissão, problemas da pasta liderada por Fátima causaram pelo menos quatro mortes, entre 2016 e 2017, em dias em que o sistema indicava vagas disponíveis pela rede municipal.
Entretanto, duas mortes estão sendo investigados pela polícia.
Há cerca de 10 dias, o delegado solicitou documentos à pasta para que a polícia pudesse confrontar os dados apresentados pela CEI. Diante da negativa de disponibilização dos papéis, Fátima foi convocada a comparecer à DIH. O objetivo é saber quais são os motivos que levaram as pessoas à morte e se houve recusa de atendimento ou omissão de socorro. Caso a denúncia da comissão se confirme, há possibilidade de Fátima responder criminalmente.
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