Após morte de cantor popular, protestos na Etiópia deixam ao menos 156 mortos

Após morte de cantor popular, protestos na Etiópia deixam ao menos 156 mortos

Ao menos 156 pessoas morreram nos protestos que abalaram a Etiópia após a morte do popular cantor oromo Hachalu Hundessa na última segunda-feira (29), informou a polícia da região de Oromia. O comissão adjunto da polícia da região, Girma Gelam, afirmou ao canal de televisão “Fana Broadcasting Corporate (FBC)” no sábado (4), que “após a morte de Hachalu, 145 civis e 11 agentes de segurança perderam suas vidas nos tumultos na região”.



Segundo ele, outras 167 pessoas foram gravemente feridas e mais de mil foram presas até agora. Hachalu Hundessa, de 34 anos, era famoso por suas canções de protesto político pró-Oromia, Hachalu. O cantor foi morto a tiros no bairro Akaki Kality, na região sul de Adis Abeba. Ele chegou a ser socorrido e levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Embora a polícia tenha aberto uma investigação e vários suspeitos estejam sob custódia, protestos violentos de apoiadores do artista, que ficou conhecido como a trilha sonora da revolução oromo, foram repetidos cidades do país. Entre os primeiros apoiadores a serem presos estão o líder opositor oromo, Bekele Gerba, e o conhecido ativista étnico, Jawar Mohammed, um aliado do primeiro-ministro, Abiy Ahmed, mas muito crítico em relação à sua administração nos últimos meses.
A letra de Hachalu frequentemente abordava os direitos da etnia Oromo e desempenhava um papel importante na onda de protestos que levou à ascensão de 
Abiy ao poder em abril de 2018. Sua ascensão ao cargo de chefe de governo deu
 fim a décadas em que a coalizão governante multiétnica foi dominada pelos líderes 
da minoria Tigray.
*Com informações da EFE

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