PIB brasileiro cresce no primeiro trimestre, em meio à expectativa de desaceleração anual

PIB brasileiro cresce no primeiro trimestre, em meio à expectativa de desaceleração anual

Avanço da economia nos primeiros meses do ano veio acima do esperado pelo mercado



Depois dos últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em março revelarem que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,9% no último ano, a expectativa do mercado financeiro é de que o desempenho em 2023 seja mais modesto. 

No entanto, o crescimento neste primeiro trimestre veio acima das expectativas do mercado e o IBGE confirmou um avanço de 1,9% logo nos três primeiros meses do ano. Para 2023, é esperado que o ritmo não seja igual ao do ano passado. Segundo as projeções do Boletim Focus - relatório semanal do Banco Central - o PIB brasileiro ao final de 2023 será de 1,26%. 

Nos números finais de 2022, o Brasil havia encerrado o ano com um PIB nominal de R$ 9,9 trilhões, transformando-o na 12ª maior economia do mundo, atrás de grandes potências como Estados Unidos, China, Alemanha e Japão, que lideram o ranking, mas com desempenho anual melhor do que os norte-americanos, japoneses e alemães. Apesar disso, o crescimento não foi suficiente para que o país conseguisse expandir da mesma forma que a média global, que ficou em 3,2%. 

Boa parte da desaceleração prevista para este ano passa pela continuidade dos juros mais elevados e das incertezas políticas e econômicas que o país vive neste momento em um primeiro ano de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O cenário pode ser ainda pior caso as projeções da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) se confirmem.

De acordo com o órgão, a economia brasileira irá subir 1,0% ao final de 2023, muito abaixo do que foi projetado pela OCDE como a média global, de 2,6%.

As projeções divulgadas da organização no seu relatório trimestral, revelam que nem mesmo a melhora no ambiente inflacionário em todo o mundo fará com que a economia global mantenha o seu ritmo de crescimento nos mesmos patamares do ano passado.

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Desempenho trimestral

Antes dos dados deste primeiro trimestre, as estimativas do Itaú apontavam que o crescimento da economia brasileira giraria em torno de 1,4%, uma melhora em relação às últimas projeções (na casa dos 1,2%). O destaque, segundo o Itaú, seria o setor de agropecuária, que tem apresentado bons números neste ano. 

Porém, a aceleração foi ainda mais consolidada neste trimestre. O avanço de 1,9% representa a maior alta no período de três meses desde o quarto trimestre de 2020, quando a economia avançou 3,4%. No comparativo com o 1T22, o PIB cresceu 4,0%.

Além disso, a agropecuária foi de longe a maior responsável pelo desempenho da economia, com um crescimento de 21,6% entre janeiro e março deste ano, a maior desde 1996. Segundo o IBGE, o setor representa cerca de 8% da economia do país.

Neste primeiro semestre, a tendência é de que a economia apresente resultados mais consolidados, no entanto, o cenário do meio para o final do ano pode ser de contração. Na visão dos especialistas consultados pelo Itaú - ainda que leves - a economia sofrerá cortes no segundo semestre.

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